Mulher é detida após se passar por advogada em MG alegando ter inscrição na OAB do 'Mato Grosso do Norte'
03/11/2025
(Foto: Reprodução) Mulher é detida após fingir ser advogada do 'Mato Grosso do Norte'
Uma mulher de 48 anos foi detida após se passar por advogada em Careaçu (MG) no último domingo (2). Segundo a Polícia Militar, ela teria se apresentado como advogada de um homem em uma ação de pensão alimentícia, mesmo sem possuir inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher compareceu ao destacamento da PM e se apresentou como advogada do homem. No entanto, ao ser questionada sobre o número de sua OAB, demonstrou insegurança e informou um registro que, segundo ela, seria do "Mato Grosso do Norte".
A guarnição verificou os dados junto ao banco de informações da OAB e constatou inconsistências nas informações. Questionada novamente, a mulher revelou sua verdadeira identidade e admitiu que não possuía registro profissional, alegando apenas trabalhar em um escritório de advocacia.
Mulher tentou se passar por advogada ao se apresentar na PM de Careaçu
Reprodução / Redes Sociais
O homem que acreditava ser cliente dela contou aos policiais que a mulher vinha se apresentando como sua advogada há algum tempo e havia prometido desarquivar o processo judicial que tratava do pagamento de 35% de pensão alimentícia, comprometendo-se a pedir judicialmente a redução do valor. Segundo ele, a suspeita chegou a estipular honorários mensais de R$ 1,5 mil, mas nenhum pagamento foi efetuado.
Durante a abordagem, a mulher resistiu à prisão e precisou ser algemada por um curto período. No trajeto até a delegacia, ela afirmou estar grávida de trigêmeos e ser portadora de leucemia, sendo então encaminhada ao hospital de Careaçu para avaliação médica. A equipe médica informou que não havia laudos ou exames que comprovassem as condições relatadas.
Após o registro da ocorrência, foi constatado que a mulher já possuía passagens anteriores por estelionato. Ela foi autuada por falsa identidade, exercício ilegal da profissão e tentativa de estelionato.
Como a vítima optou por não representar criminalmente no caso de estelionato, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e a mulher assumiu o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) de São Gonçalo do Sapucaí.
Investigação
Ao g1, a Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial para apurar a conduta da mulher que teria se apresentado como advogada no quartel da Polícia Militar de Careaçu.
Segundo a PCMG, "a investigação vai apurar possível prática de exercício ilegal da profissão e outras eventuais infrações penais, conforme previsto na legislação vigente". A mulher foi conduzida e liberada após o registro da ocorrência, e será intimada para prestar esclarecimentos.
As diligências seguem em andamento, sob responsabilidade da Delegacia de Polícia Civil em São Gonçalo do Sapucaí, para apuração completa dos fatos.
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